SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO, 20 de agosto (Reuters) - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) registrou deflação pelo segundo mês seguido em agosto, devido à continuidade da queda dos alimentos, colocando a taxa em 12 meses abaixo do centro da meta do ano.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que essa variação negativa não deve se repetir no IPCA de agosto --que cobre o mês inteiro, enquanto o IPCA-15 cobre o período de 30 dias encerrado no meio do mês--, mas que a inflação seguirá contida.
O indicador recuou 0,05 por cento em agosto, após queda de 0,09 por cento em julho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.
Analistas consultados pela Reuters previam uma alta de 0,07 por cento, de acordo com a mediana de 19 respostas que variaram de recuo de 0,05 por cento (a única projeção de queda) a avanço de 0,16 por cento.
Segundo cálculos de analistas, a média dos três núcleos do IPCA-15 subiu 0,15 por cento em agosto, abaixo da alta de 0,23 por cento em julho.
"(Deflação) não é permanente. Agora (em agosto) deveremos ter inflação de 0,15, 0,20, 0,30 por cento, que levarão a inflação à alta de 5 pro cento (no ano)", afirmou Mantega durante evento no Rio de Janeiro.
"O efeito da redução dos preços agrícolas deve estar terminando. A previsão é que (o IPCA de agosto) suba um pouquinho... mas o importante é que estamos com a inflação sobre controle dentro daquilo que estava previsto, um pouco acima do centro da meta."
O IBGE acrescentou que no ano, o IPCA-15 acumulou alta de 3,21 por cento e nos últimos 12 meses, de 4,44 por cento. O governo persegue uma meta de inflação em 2010 de 4,5 por cento, com tolerância de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo.
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